"O glaucoma é uma doença que cega sem dor. As pessoas vão perdendo a visão e nem se apercebem. Os números da Organização Mundial de Saúde são assustadores: 2.400 novos casos por ano". Palavras proferidas pelo presidente da SPO, António Travassos, ontem, no Hotel D. Luís, em Coimbra.
O oftalmologista falava numa conferência de imprensa a pretexto do Dia Mundial do Glaucoma, na qual se sublinhou a necessidade de detectar o problema precocemente. "Há que motivar as pessoas para, a partir dos 40 anos, serem devidamente observadas por um oftalmologista. Porque a doença é, em muitos aspectos, difícil de diagnosticar", explicou.
O glaucoma ataca o nervo óptico e constitui a segunda causa de cegueira irreversível no mundo ocidental, mas pode ser controlado. O risco de sofrer desta doença é três vezes superior nas pessoas de pele negra, e aumenta, também, se se tiver hipotensão arterial, hipertensão ocular e antecedentes familiares, informou Pedro Faria, da secção de glaucoma do Serviço de Oftalmologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Mas o médico colocou a tónica na prevenção, que passa pelo rastreio da hipertensão ocular, tratando-a logo, se detectada, e pela intervenção ao nível dos factores de risco.
"Se o glaucoma já estiver instalado, também é possível prevenir a cegueira", defendeu, ainda, Pedro Faria. Para tal, há que detectar a doença precocemente, fazer exames periódicos, ser seguido pelo médico e cumprir o tratamento. Ora, esta é uma das maiores preocupações, no entender de António Travassos, já que "os doentes não têm percepção da gravidade da doença" e descurarem a terapêutica, assente na aplicação de gotas (colírios) nos olhos. "Cerca de 60% não aplicam convenientemente os colírios", garantiu.
O Grupo Português de Glaucoma, da SPO, pretende fazer um levantamento exaustivo das necessidades do país, no que respeita aos meios de diagnóstico e acompanhamento da doença, e apresentá-lo ao Ministério da Saúde (MS), possivelmente, este ano.
O coordenador do grupo, Carlos Nunes da Silva, denunciou, a este propósito, o desequilíbrio entre o Litoral e o Interior, em matéria de recursos técnicos e humanos: "A grande maioria está à beira-mar". E Travassos deixou uma proposta: "Neste momento, há oftalmologistas a deslocarem-se às cidades do interior. É possível o MS estabelecer um acordo com esses médicos, para que façam o rastreio e tratamento desses doentes, enquanto não conseguirem colocar oftalmologistas".
O oftalmologista falava numa conferência de imprensa a pretexto do Dia Mundial do Glaucoma, na qual se sublinhou a necessidade de detectar o problema precocemente. "Há que motivar as pessoas para, a partir dos 40 anos, serem devidamente observadas por um oftalmologista. Porque a doença é, em muitos aspectos, difícil de diagnosticar", explicou.
O glaucoma ataca o nervo óptico e constitui a segunda causa de cegueira irreversível no mundo ocidental, mas pode ser controlado. O risco de sofrer desta doença é três vezes superior nas pessoas de pele negra, e aumenta, também, se se tiver hipotensão arterial, hipertensão ocular e antecedentes familiares, informou Pedro Faria, da secção de glaucoma do Serviço de Oftalmologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Mas o médico colocou a tónica na prevenção, que passa pelo rastreio da hipertensão ocular, tratando-a logo, se detectada, e pela intervenção ao nível dos factores de risco.
"Se o glaucoma já estiver instalado, também é possível prevenir a cegueira", defendeu, ainda, Pedro Faria. Para tal, há que detectar a doença precocemente, fazer exames periódicos, ser seguido pelo médico e cumprir o tratamento. Ora, esta é uma das maiores preocupações, no entender de António Travassos, já que "os doentes não têm percepção da gravidade da doença" e descurarem a terapêutica, assente na aplicação de gotas (colírios) nos olhos. "Cerca de 60% não aplicam convenientemente os colírios", garantiu.
O Grupo Português de Glaucoma, da SPO, pretende fazer um levantamento exaustivo das necessidades do país, no que respeita aos meios de diagnóstico e acompanhamento da doença, e apresentá-lo ao Ministério da Saúde (MS), possivelmente, este ano.
O coordenador do grupo, Carlos Nunes da Silva, denunciou, a este propósito, o desequilíbrio entre o Litoral e o Interior, em matéria de recursos técnicos e humanos: "A grande maioria está à beira-mar". E Travassos deixou uma proposta: "Neste momento, há oftalmologistas a deslocarem-se às cidades do interior. É possível o MS estabelecer um acordo com esses médicos, para que façam o rastreio e tratamento desses doentes, enquanto não conseguirem colocar oftalmologistas".
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