sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Ministra rejeita divergências com Cavaco sobre escolaridade obrigatória

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, rejeitou hoje qualquer divergência com o Presidente da República, Cavaco Silva, sobre o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano, sublinhando que esse objectivo pode ser alcançado de diversas formas.
"Não há nenhuma divergência de pontos de vista nesta matéria. A ambição e as metas do país são o nível de ensino secundário para todos. O modo como este objectivo se alcança pode ser diverso e podemos trabalhar sobre diferentes propostas", afirmou a titular da pasta da educação, depois de visitar uma escola em Évora. (...)
Poucos dias antes, a ministra da Educação afirmou que poderá ser desnecessário alargar a escolaridade obrigatória para 12 anos, como estava previsto no programa do Governo. "Se as condições forem tão boas, se a resposta das escolas for tão boa como está a ser, provavelmente nem será necessário tornar obrigatório o 12º ano", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues, à margem da comemoração do "Dia do Diploma", na escola secundária Almeida Garrett, em Gaia.
Segundo referiu, desde que este Governo está no poder, foram criadas "todas as condições para que as escolas possam responder ao desafio de ter todos os alunos a fazer o ensino secundário". Hoje, a ministra sublinhou que "era bom" se não fosse necessária criar nenhuma obrigatoriedade, caso fosse conseguida uma taxa de escolarização aos 18 anos de 100 por cento.
"Se conseguíssemos era necessário criar a obrigatoriedade? Eu acho que não e era sobre isso que estava a falar. Sobretudo o momento em que isso se pode fazer. Neste momento não é, na minha opinião, possível fazer, o que não significa que no espaço de um ano e meio não se possa fazer", acrescentou Maria de Lurdes Rodrigues.

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