Atualmente, com a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, existe a oportunidade de desenvolver um trabalho nos domínios da Igualdade de Género e da Sexualidade que permite contribuir para incentivar crianças e jovens a conhecer e compreender o conceito de Igualdade de Género, ajudando-os/as assim a assimilar e praticar a igualdade de direitos das mulheres e das raparigas e a igualdade de género em vários planos (político, económico, social e cultural), contribuindo para a erradicação de estereótipos. Em sintonia, importa promover relações baseadas no afeto, no respeito, independentemente da identidade de género, o que implica uma aprendizagem relativamente aos direitos sexuais e reprodutivos, à prevenção da violência nas relações de intimidade e aos comportamentos de risco.
Os provérbios, frases sábias criadas pelo povo, vão passando de geração em geração fazendo parte da nossa cultura e frequentemente usados enquanto justificação/aceitação para certos atos e comportamentos.
Nem sempre se conhece a origem ou o significado e na maioria estão inscritos no contexto histórico e social em que foram criados.
Importa agora, olhar para eles, e perceber se, no contexto da sociedade atual, que se quer inclusiva, livre de estereótipos e promotora da igualdade de direitos e oportunidades entre raparigas e rapazes, mulheres e homens, se os mesmos devem ser levados à letra, ou necessitam de uma outra leitura.
Neste sentido, surge, por parte da direção de serviços de projetos educativos da Direção-Geral da Educação, no âmbito do trabalho a desenvolver nos domínios da sexualidade e igualdade de género, o desafio de, em contexto de turma, promover a reflexão sobre o significado de certos provérbios, alguns dos quais inferem uma desigualdade de poder, de oportunidades e de visibilidade de homens e mulheres, promovendo agora uma masculinidade e feminilidade saudáveis.
Importa rescrever os provérbios que traduziam uma realidade patriarcal, de um género dominante face a outros, da oposição da esfera do lar para a mulher à esfera pública do homem, numa visão à data, e dar-lhes um cariz atual e sábio. Este deve ser promotor de uma sociedade mais justa e igualitária, tal como preconiza o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), apontando para uma educação em que alunos e alunas desta geração global constroem e sedimentam uma cultura científica e artística de base humanista, mobilizando valores e competências para intervir na vida e na história dos indivíduos e das sociedades, dispondo de uma capacidade de participação cívica, ativa, consciente e responsável, enquanto desenvolvem o pensamento crítico e criativo.
Nessa base, desafiamos crianças e jovens desde o 1.º ciclo até ao ensino secundário, na componente curricular de Cidadania e Desenvolvimento em articulação com as várias aprendizagens essenciais das demais disciplinas, a revisitar provérbios e a rescrevê-los à luz dos princípios e valores consagrados no PA.
Toda a informação e regulamento disponível aqui.
Fonte: DGE
Sem comentários:
Enviar um comentário