No Dia Internacional da Biblioteca Escolar, o psiquiatra e escritor Daniel Sampaio alerta que a escola está a fomentar o medo de ler. Daniel Sampaio diz que as metas de aprendizagem obrigam os alunos a ler um número determinado de palavras por minuto, o que prejudica o prazer da leitura.
O escritor sublinha que não faz qualquer sentido que os alunos do primeiro ano tenham de ler, pelo menos, 55 palavras por minuto; os do segundo ano, 90 palavras; os do terceiro, 110. Até ao sexto ano, o Ministério da Educação impõe que os alunos tenham de ler corretamente 150 palavras por minuto.
Daniel Sampaio defende que estas metas condicionam os professores e os alunos a um ritmo que não está ao alcance de todos e que o cronómetro na leitura tem apenas o efeito perverso de criar um contexto persecutório.
Na prática, defende Daniel Sampaio, as bibliotecas escolares correm o risco de ser transformadas em espaços de castigo para onde são enviados os alunos que criam indisciplina no decorrer nas aulas.
O psiquiatra e escritor, que tem um agrupamento de escolas com o seu nome, "Daniel Sampaio", defende, por isso, que é fundamental acabar com a ditadura do cronómetro na leitura e adaptar os livros infantis para formatos digitais, mais atrativos para os jovens.
Fonte: TSF por indicação de Livresco
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