sábado, 8 de fevereiro de 2020

Crianças e jovens esperam sete meses por medicamento que põe fim às dores

"Não me cortem as mãos". É o grito de Inês Lagartinho, uma jovem de 24 anos com paralisia cerebral que está a perder a funcionalidade das mãos e em risco de não concluir a licenciatura porque o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian (CRPCCG), onde é seguida, não tem o medicamento de que necessita.

O pedido da médica foi feito em julho, mas os concursos só abriram em dezembro e janeiro. A mãe de Inês garante que há vários utentes à espera, incluindo crianças pequenas.

Na terça-feira, depois de várias questões colocadas (...), a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), que gere aquela unidade da Segurança Social, informou que vai receber hoje as primeiras unidades de toxinas botulínicas que "serão reencaminhadas para as situações prioritárias".

Uma aquisição inesperada já que na terça-feira de manhã, Helena Lagartinho, mãe de Inês, ouviu um discurso muito diferente. A médica da filha disse-lhe que não havia toxinas disponíveis e não sabia quando as teria. E no dia anterior, a diretora do centro de reabilitação dissera-lhe o mesmo, dando conta de que tinha casos piores a aguardar tratamento. (...)

Fonte: JN por indicação de Livresco

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