sexta-feira, 19 de maio de 2017

Atraso na fala das crianças por uso de ecrãs táteis

Smartphones e tablets são hoje em dia “brinquedos” comuns para as crianças mais novas. Basta entrar por exemplo, num restaurante para ver que se estiverem lá crianças, estão certamente “coladas” a estes dispositivos. É a forma mais fácil de mantê-las sossegadas. Os livros de leitura ou de pintura já não são suficientes para as distrair e acalmar enquanto esperam.´

Não é novidade para ninguém que desde tenra idade as crianças têm uma curiosidade surpreendente por tudo o que é utilizado pelos adultos, e se smartphones e Tablets são usados constantemente em frente às crianças, assim que estas os conseguem alcançar é claro que querem experimentar .
As crianças aprendem por imitação

O que vêem as crianças? Pais, mães, irmãos mais velhos “agarrados” aos seus smartphones várias vezes ao dia, e parece divertido. Mesmo antes de falar as crianças já pegam e manuseiam sem qualquer problema estes dispositivos. Os próprios pais dão-lhos a conhecer porque com a correria do dia-a-dia quando chegam a casa querem ter os filhos por perto mas que lhes deem um pouco de descanso.

Numa reunião feita este mês pela Sociedade Norte Americana de Pediatria, em S. Francisco, a Academia Americana de Pediatria apresentou um estudo feito com 894 crianças de idades compreendidas entre os 6 meses e os dois anos, entre 2011 e 2015. Um dos dados relevante é que aos 18 meses, as crianças usavam dispositivos de ecrã tátil, em média, 28 minutos por dia.
Risco de atraso na fala

Através de uma ferramenta que permite analisar atrasos na fala, os investigadores concluíram que cada período adicional de 30 minutos em frente aos aparelhos de ecrã tátil, aumenta em 49% esse tipo de atraso. Crianças com menos de dois anos que têm acesso a este tipo de dispositivos tendem a começar a falar mais tarde. Foi comunicado no entanto, que não há qualquer relação com todos os outros tipos de atraso como, linguagem corporal ou gestos ou ainda de interação pessoal.


Embora as novas diretivas pediátricas sugiram que se limite o tempo de uso desses ecrãs nos bebés e crianças, o uso de ‘smartphones’ e ‘tablets’ por parte de crianças tornou-se muito comum. Este é o primeiro estudo a relatar uma ligação entre o uso dos aparelhos de ecrã tátil e um aumento de risco de atraso na fala expressiva
Catherine Birken, investigadora e pediatra.

A Sociedade Norte Americana de Pediatria recomenda que se evite a utilização de smartphones e tablets por crianças com menos de 18 meses.

É importante que, antes dos dois anos a criança se relacione com familiares e outras pessoas, aprenda palavras básicas e brinque com brinquedos próprios para a sua idade. Aproveite para brincar com os seus filhos, rapidamente eles crescem, são momentos que não voltam.

Fonte: Ppwalre por indicação de Livresco

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