Quando Bethany saiu de casa, com a mãe, na madrugada de 31 de Outubro de 2003, jamais imaginou como a sua vida mudaria para sempre.
Actualmente com 20 anos (com 13 na altura do acidente) , a jovem Bethany Hamilton , surfista norte-americana, residente no Hawai com os pais e irmãos, pratica surf desde tenra idade idade. O que me que me leva a falar dela, não é ser apenas ser um caso de sucesso ou ser mulher, mas também por ser um exemplo a seguir, sobretudo nas alturas em que achamos que o caminho certo é "esconder a cabeça na areia".
Para Bethany, o surf não era apenas um passatempo, mas uma forma de vida. Até então era uma jovem campeã, vencedora de inúmeros troféus, hoje, além de vencedora, é um exemplo de vida, pela sua coragem e determinação, não apenas para jovens, como também para adultos.
31 de Outubro 2003 - 6h40m
Nessa manhã de "Halloween", e antes de entrar na água da praia de Tunnels Beach, no Havai, Bethany não sabia que estava a minutos de ser mordida por uma das mais perigosas espécies de tubarões, o tubarão-tigre, que em segundos, lhe arrancou o braço esquerdo, e quase a vida.
Sobreviveu e venceu o trauma, e três semanas após o acidente estava determinada a voltar a surfar, ou melhor, pegou na prancha e entrou no mar. Desde então já venceu campeonatos mundiais e o seu exemplo de vida deu mote a várias campanhas de solidariedade, entre eles o apoio aos sobreviventes do Tsunami de 26 de Dezembro de 2004, que afectou gravemente a India, Sri-Lanka, Tailândia, ilha da Samatra, Ilhas Maldivas, Malé, Bangladesh, entre outros países.
A realização de um sonho custou caro a Bethany, e sem dúvida merece o mérito de ser uma surfista reconhecida mundialmente. Todavia, o mais admirável de toda a história é que não reclama e critica o mundo que a rodeia, por ter perdido um braço, ou fecha a cara a uma contrariedade que poucos teriam coragem de aceitar. É com naturalidade que diz que a falta do braço deu-lhe até mais firmeza nas pernas para "dirigir" a prancha, fazendo-a dominar as ondas como uma verdadeira campeã! E depois, não existem doenças e males muito piores?
E nós, com dois braços, duas pernas, tanta vida e saúde, quantas vezes criticamos e mundo que nos rodeia, e nada fazemos para mudá-lo.
São estas histórias de vida que nos ensinam que, apesar da vida não ser um caminho perfeito, é muitas vezes através de atalhos que aprendemos a dar-lhe maior sentido. Somos imperfeitos, é certo, mas são as imperfeições que fazem de cada um de nós seres únicos e simplesmente admiráveis, com as nossas falhas, as nossas incapacidades, mas sem dúvida com muita força, coragem e determinação para dizer que amanhã será sem dúvida, um dia muito melhor.
Boa semana!
Sofia Rijo
Sem comentários:
Enviar um comentário