terça-feira, 6 de julho de 2010

Reforma do ensino básico não está prevista para este ano


Isabel Alçada diz que a reforma do ensino básico ainda está a ser estudada e que por isso as escolas não foram informadas de qualquer alteração.
"Dissemos que ia ser estudada a reforma curricular associada às metas de aprendizagem. Não dissemos que ia entrar em vigor este ano", explicou a ministra que avança que o Governo adiou a reforma curricular do ensino básico e que as escolas estão preocupadas por ainda não terem sido informadas sobre como será o próximo ano.
"Já está tudo feito, dois professores entregaram propostas que já foram analisadas pela Associação Cientifica e concluímos que são dois trabalhos que têm de ser desenvolvidos em conjunto", explicou a ministra.
"Alguma alteração no currículo ou na carga horária deverá ser feita na sequência da verificação da adequação das metas de aprendizagem à realidade", sublinhou Isabel Alçada. No entanto, no próximo ano lectivo, "as metas de aprendizagem vão estar disponíveis, todas as escolas vão conhecê-las, algumas escolas vão ser acompanhadas por especialistas que vão verificar se realmente são atingíveis, se devem ser ajustadas, se são claras, se são nítidas e a partir daí todo o processo de desenvolvimento curricular vai também ser ajustado", acrescenta.
A ministra justifica que as escolas não foram informadas porque "quando não há alterações não se informa, só teríamos informado a seu tempo se houvesse alteração. Foi esta a decisão que tomámos, que as metas vão avançar e que os ajustamentos da carga curricular não vão ser feitos este ano".
Questionada sobre se a reforma vai ser implementada no ano lectivo seguinte, Isabel Alçada afirmou que "vamos fazer o trabalho com serenidade e com toda a articulação, não gosto de marcar datas porque as coisas têm é que ser bem feitas. Este processo é para vigorar durante bastante tempo porque vai afectar o trabalho das escolas e a aprendizagem dos alunos, tem que ser também claro para os pais e por isso achamos que deve ser feito com serenidade".
"Eu insisto, [a reforma do ensino básico] vai ser o Norte para o qual a nossa estrela polar poderá nos orientar no sentido de depois ajustar o currículo e também ajustar todos os processos de avaliação às metas de aprendizagem", conclui.

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