A queda do número de alunos já chegou ao ensino secundário, que nos últimos anos tinha de conseguido escapar a este fenómeno devido ao aumento da escolaridade obrigatória, que passou de nove para 12 anos. Os dados preliminares relativos a 2017/2018 divulgados nesta segunda-feira pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) dão conta de uma redução de cerca de sete mil alunos por comparação ao ano letivo anterior.
O número total de alunos jovens inscritos em escolas do continente passou de 338.898 em 2016/2017 para 332.283 em 2017/2018. No conjunto do ensino básico e secundário as escolas perderam num ano 32.288 alunos.
De acordo com os dados da DGEEC a queda mais acentuada registou-se na educação pré-escolar (três aos cinco anos) que passou de 240.896 inscritos para 226.944. No ensino básico (1.º ao 9.º ano), o número de estudantes desceu de 916.420 para 904.699. Neste nível de ensino o 3.º ciclo é o que perde mais estudantes (menos 4670).
A queda no número de alunos tem vindo a registar-se desde o ano lectivo 2007/2008 devido à queda da natalidade em Portugal. E só não foi ainda maior por causa do alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos, que se tornou efectivo a partir de 2012/2013. Mas esta almofada já desapareceu. E no próximo ano letivo o fenómeno deverá começar a atingir o ensino superior.
O problema da baixa natalidade agudizou-se ainda mais nos anos da troika, o que também se está agora a fazer sentir nas escolas. Neste ano letivo que está agora a acabar houve uma diminuição de cerca de cinco mil alunos no 1.º ciclo, segundo dados também provisórios da DGEEC.
A previsão deste organismo é de que até 2020/2021 as escolas públicas venham a perder 109 mil estudantes por comparação ao que tinham há cinco anos atrás. Entre 2016/2017 e 2017/2018 o ensino público perdeu 15.573 alunos e o privado registou menos 1675 inscritos.
Fonte: Público
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