O Conselho das Escolas defendeu esta quarta-feira no parlamento que, para desenvolver o perfil do aluno para o século XXI, é preciso "quase uma revolução" nas escolas, com implicações na formação docente, avaliação, autonomia e dimensão das turmas. (...)
O presidente daquele órgão consultivo do Ministério da Educação, Eduardo Lemos, afirmou que a estrutura se revê no documento elaborado pelo grupo de trabalho coordenado por Guilherme de Oliveira Martins quanto à visão, objetivos e princípios.
Admitiu, porém, que é necessário saber se é um documento de reflexão ou o topo de uma reforma (...). "Se o documento for o topo de uma reforma é preciso que seja explicada", afirmou a ex-ministra da Educação.
(...) Eduardo Lemos afirmou que as escolas têm sido confrontadas com "paradigmas a mais" e com alterações a mais.
"Os novos paradigmas nem sempre são bons, às vezes ficam pelo caminho. Concordamos mais com aperfeiçoamentos do que com mudanças", disse o presidente do Conselho.
A deputada (...) Ana Rita Bessa considerou o documento abrangente, mas sustentou que obriga a pensar também num novo perfil do professor e num novo perfil da escola, nomeadamente ao nível da capacidade para escolherem as suas equipas.
Joana Mortágua (...) defendeu alterações no sentido de "uma escola inclusiva", alegando que sendo o ensino secundário obrigatório hoje em dia não pode servir para selecionar alunos para o superior, mas para responder à diversidade de situações que compõem o universo dos alunos.
O perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória foi elaborado a pedido do Ministério da Educação e encontra-se em fase de finalização depois dos contributos recolhidos em consulta pública.
Fonte: DN por indicação de Livresco
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