A Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Leiria (APPC-Leiria) suspendeu tratamentos a utentes por falta de verbas, alertou hoje a presidente da instituição, Lúcia Bento.
A responsável assumiu a existência de dívidas à empresa municipal que gere o complexo de piscinas de Leiria, pela utilização do espaço para a realização de hidroterapia a pessoas com paralisia cerebral.
"Ainda tentámos manter o tratamento a alguns dos utentes, mas a situação tornou-se incomportável. A musicoterapia também teve de ser suspensa por falta de dinheiro. Neste momento vivemos uma situação dramática", sublinhou.
A APPC-Leiria possui uma dívida à banca que ronda os 207 mil euros, contraída para a construção do Centro de Reabilitação.
Em falta está também o pagamento a fornecedores na ordem dos 20 mil euros, respeitante à construção, adaptação e aquisição de equipamentos especializados para o Centro de Apoio, que funciona desde outubro de 2010 e teve um custo de 100 mil euros.
"Em face da atual crise financeira que Portugal atravessa, a APPC-Leiria não consegue arranjar apoios suficientes", frisou Lúcia Bento.
A associação possui um acordo com a Segurança Social, que garante parte do tratamento a 100 utentes, mas possui cerca de 400 pessoas inscritas, das quais 50 são consideradas situações urgentes pela instituição, mas que se encontram em lista de espera.
"Estamos a falar de crianças entre os 9 meses e os 10 anos, sendo que 36 são bebés", revelou a presidente da APPC-Leiria.
Lúcia Bento explicou que a angariação de fundos através de campanhas solidárias "tem sido uma aposta contínua", mas "a crise que hoje se vive tem acentuado o desequilíbrio financeiro vivido pela APPC-Leiria".
A próxima iniciativa está marcada para 16 de junho. Designa-se 'Rock in Leiria com as Crianças Especiais' e realiza-se no Centro Cultural Mercado de Sant'Ana.
In: DN online
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