Flávio Jorge Soares lembra-se bem dessa tarde do dia 21 de Junho de 2009, na praia de Esmoriz. Antes de sair de casa, viu na net que o mar estaria de feição para praticar bodyboard, mas, afinal, não havia ondas. Quando já estava para ir embora, resolveu dar um último mergulho. Estava com os amigos, numa zona que conhecia bem.
"Foi um mergulho normal, como muitos outros. Não bati com a cabeça em lado nenhum", conta Flávio. O que terá acontecido foi o que vulgarmente se designa por movimento chicote, uma extensão abrupta da coluna que pode causar lesões gravíssimas. No caso de Flávio, fracturou a coluna vertebral, ao nível da cervical (entre as vértebras C5 e C6). Ficou tetraplégico. Tem 19 anos.
Os últimos 17 meses passou-os em quatro hospitais, onde foi submetido a diversas cirugias até estabilizar e iniciar o processo de reabilitação. Começou com exercícios para treinar o equilíbrio do tronco e conseguir manter-se sentado. Fortaleceu os músculos para conseguir levantar-se e fazer as transferências de e a partir da cadeira de rodas.
Flávio recusou a cadeira de rodas eléctrica e explica porquê: "Obriga-me a trabalhar mais. É preciso mais equilíbrio e força. Não quero ficar tão dependente. Com a cadeira eléctrica, ia acomodar-me ao problema."
E acomodar-ser não é verbo que queira conjugar. Quer licenciar-se em Informática e continuar com o árduo processo de reabilitação. "Disseram-me que iria ficar completamente paralisado, que não iria conseguir andar numa cadeira manual. Sinto as pernas, tenho força nos braços. Não trabalho por acreditar que vou andar, mas tenho melhorado muito e, com paciência, vou melhorar ainda mais", acredita Flávio. "Não me dou por vencido."
In: JN online
"Foi um mergulho normal, como muitos outros. Não bati com a cabeça em lado nenhum", conta Flávio. O que terá acontecido foi o que vulgarmente se designa por movimento chicote, uma extensão abrupta da coluna que pode causar lesões gravíssimas. No caso de Flávio, fracturou a coluna vertebral, ao nível da cervical (entre as vértebras C5 e C6). Ficou tetraplégico. Tem 19 anos.
Os últimos 17 meses passou-os em quatro hospitais, onde foi submetido a diversas cirugias até estabilizar e iniciar o processo de reabilitação. Começou com exercícios para treinar o equilíbrio do tronco e conseguir manter-se sentado. Fortaleceu os músculos para conseguir levantar-se e fazer as transferências de e a partir da cadeira de rodas.
Flávio recusou a cadeira de rodas eléctrica e explica porquê: "Obriga-me a trabalhar mais. É preciso mais equilíbrio e força. Não quero ficar tão dependente. Com a cadeira eléctrica, ia acomodar-me ao problema."
E acomodar-ser não é verbo que queira conjugar. Quer licenciar-se em Informática e continuar com o árduo processo de reabilitação. "Disseram-me que iria ficar completamente paralisado, que não iria conseguir andar numa cadeira manual. Sinto as pernas, tenho força nos braços. Não trabalho por acreditar que vou andar, mas tenho melhorado muito e, com paciência, vou melhorar ainda mais", acredita Flávio. "Não me dou por vencido."
Sem comentários:
Enviar um comentário