Um inquérito online promovido pelo movimento Cidadãos Por Lisboa no início deste ano concluiu agora que pais, alunos e professores de 35 escolas até ao 1.º ciclo de Lisboa consideram que existem problemas de acessibilidade e segurança nos acessos a esses estabelecimentos de ensino.
A vereadora Floresbela Pinto revelou à TSF que a ideia para este inquérito surgiu depois da aprovação por unanimidade, na Câmara de Lisboa, em outubro passado, de uma proposta para exigir mais segurança para as crianças.
"Como estávamos a ser contactados por várias entidades com curiosidade sobre a nossa proposta, decidimos fazer no período de um mês, no início deste ano, um inquérito, um questionário para tentar perceber quais eram os problemas específicos sentidos nas diferentes escolas da cidade. Tivemos, no período de um mês, mais de cem respostas de 35 escolas diferentes da cidade, sendo que 88% das respostas consideram que é necessário, de facto, alterar as condições do espaço público, condicionar o trânsito e dar resposta aos problemas de acessibilidade ou de segurança no acesso à escola", explicou Floresbela Pinto.
Os inquiridos pedem intervenções simples à autarquia liderada por Carlos Moedas para que as crianças tenham maior segurança nas deslocações para a escola. Para Floresbela Pinto é urgente limitar o trânsito junto a essas zonas ou até acabar com ele.
"Há sítios onde é possível cortar totalmente o trânsito, outros em que as pessoas têm mais facilidade em deixar as crianças num certo ponto junto à escola, mas que não cria ali um problema de trânsito, de acumulação de estacionamento em segunda fila. Ter as passadeiras bem sinalizadas, limitar apenas a um sentido de trânsito, pensar as questões e os métodos de acalmia de trânsito para reduzir a velocidade, porque a velocidade excessiva também foi assinalada como grande problema. Também nos foi assinalada a questão da necessidade de prolongamento das ciclovias e o aumento de estruturas junto às escolas para estacionamento de bicicletas", revelou a vereadora.
Floresbela Pinto diz que este é o momento certo para implementar as medidas, uma vez que o ano escolar está a acabar, e lembra que o problema de falta de segurança no acesso às escolas não é novo, acusando a Câmara de Lisboa de atrasar a solução.
"O resultado do inquérito foi apresentado hoje em reunião pública de câmara municipal e pudemos também ouvir por parte do presidente a manifestação de solidariedade com estes propósitos, o facto é que nós queremos passar das palavras para a ação porque, de facto, nos últimos anos aquilo que temos tido é um plano de acessibilidade pedonal que está completamente estagnado, que parou e nós sentimos que a nível da mobilidade a cidade não está a dar resposta efetiva àquilo que são as preocupações presentes. Não contribui para esse efeito o facto do plano de repavimentação da cidade ter sido descontinuado", acrescentou.
Fonte: TSF por indicação de Livresco
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