As estações do Metropolitano de Lisboa ainda precisam de melhorar para permitir que pessoas de mobilidade reduzida circulem sem obstáculos. O desníveis entre as plataformas e as carruagens são o aspecto mais criticado.
Ricardo Almeida tem 26 anos e desde os 14 que uma doença progressiva neuro-muscular o empurrou para uma cadeira de rodas. O seu dia a dia é uma constante luta com as condições das acessibilidades. Há pouco mais de um ano, Ricardo, técnico de multimédia em Santa Maria da Feira, foi a Lisboa para assistir ao festival Rock In Rio. "Telefonei para o Metropolitano de Lisboa e disseram-me que as estações que eu precisava - Oriente e Bela Vista - tinham condições de acessibilidade mas quando aqui cheguei ia tendo um colapso", contou ao JN.
O principal obstáculo deparou-se-lhe no momento em que tentou entrar para o interior da carruagem do metro: a plataforma de espera está desnivelada em relação à composição, "um desnível de 15 centímetros ou mais". "Na estação da Bela Vista, que segundo diz a Metro tem acessibilidade, o desnível é ainda o dobro", aponta, revoltado. "Se há serviços que não têm acessibilidades, nós temos paciência mas quando dizem que existem acessibilidades e chegamos cá e vemos que não há, isso chateia-me imenso", desabafa.
A seu lado, o seu amigo José António, de 27 anos, sofre da mesma doença e explica que as cadeiras de rodas onde se movimentam "custam para cima de 20 mil euros e não podem ser pegadas assim à balda".
Dias depois da má experiência, Ricardo Almeida escreveu "para todas as entidades directa ou indirectamente ligadas ao Metro, como o Ministério dos Transportes, a Secretaria de Estado ou a Câmara Municipal de Lisboa". De nada lhe valeu: "O resultado prático foi nulo!", assegura.
O JN contactou os responsáveis do Metropolitano de Lisboa e confrontou-os com as críticas destes dois utentes.
"O Metro reconhece que as estações em curva têm zonas menos favoráveis para a entrada de cadeiras de rodas", justificaram, através do gabinete de comunicação. "Neste sentido, e à semelhança do que tem vindo a ser prática mundial, o Metro de Lisboa está a estudar a zona mais favorável que permita a entrada de cadeira de rodas, ao nível do pavimento do cais, zona esta que passará a estar assinalada", acrescentaram ainda, em comunicado, ao nosso jornal.
No mesmo texto, o Metropolitano de Lisboa sublinhou que existe na sua rede "informação visual e sonora, elevadores em 27 estações, canais especiais bi-direccionais, pontos de ajuda, máquinas de venda de títulos preparadas para cegos e amblíopes e mecanismo para detecção do espaço entre carruagens". Todavia, não é só o Metropolitano de Lisboa que é alvo das críticas de Ricardo Almeida. "Só o simples facto de sairmos à rua já é uma aventura", diz, explicando que tem sempre que "fazer um reconhecimento atempado, senão é um tiro no escuro".
A título de exemplos concretos, tanto Ricardo Almeida como José António falam nas dificuldades de movimentação em passeios, levantar dinheiro no multibanco ou apanhar um elevador, onde a maioria dos botões está sempre colocada muito acima do seu alcance.
Ricardo Almeida tem 26 anos e desde os 14 que uma doença progressiva neuro-muscular o empurrou para uma cadeira de rodas. O seu dia a dia é uma constante luta com as condições das acessibilidades. Há pouco mais de um ano, Ricardo, técnico de multimédia em Santa Maria da Feira, foi a Lisboa para assistir ao festival Rock In Rio. "Telefonei para o Metropolitano de Lisboa e disseram-me que as estações que eu precisava - Oriente e Bela Vista - tinham condições de acessibilidade mas quando aqui cheguei ia tendo um colapso", contou ao JN.
O principal obstáculo deparou-se-lhe no momento em que tentou entrar para o interior da carruagem do metro: a plataforma de espera está desnivelada em relação à composição, "um desnível de 15 centímetros ou mais". "Na estação da Bela Vista, que segundo diz a Metro tem acessibilidade, o desnível é ainda o dobro", aponta, revoltado. "Se há serviços que não têm acessibilidades, nós temos paciência mas quando dizem que existem acessibilidades e chegamos cá e vemos que não há, isso chateia-me imenso", desabafa.
A seu lado, o seu amigo José António, de 27 anos, sofre da mesma doença e explica que as cadeiras de rodas onde se movimentam "custam para cima de 20 mil euros e não podem ser pegadas assim à balda".
Dias depois da má experiência, Ricardo Almeida escreveu "para todas as entidades directa ou indirectamente ligadas ao Metro, como o Ministério dos Transportes, a Secretaria de Estado ou a Câmara Municipal de Lisboa". De nada lhe valeu: "O resultado prático foi nulo!", assegura.
O JN contactou os responsáveis do Metropolitano de Lisboa e confrontou-os com as críticas destes dois utentes.
"O Metro reconhece que as estações em curva têm zonas menos favoráveis para a entrada de cadeiras de rodas", justificaram, através do gabinete de comunicação. "Neste sentido, e à semelhança do que tem vindo a ser prática mundial, o Metro de Lisboa está a estudar a zona mais favorável que permita a entrada de cadeira de rodas, ao nível do pavimento do cais, zona esta que passará a estar assinalada", acrescentaram ainda, em comunicado, ao nosso jornal.
No mesmo texto, o Metropolitano de Lisboa sublinhou que existe na sua rede "informação visual e sonora, elevadores em 27 estações, canais especiais bi-direccionais, pontos de ajuda, máquinas de venda de títulos preparadas para cegos e amblíopes e mecanismo para detecção do espaço entre carruagens". Todavia, não é só o Metropolitano de Lisboa que é alvo das críticas de Ricardo Almeida. "Só o simples facto de sairmos à rua já é uma aventura", diz, explicando que tem sempre que "fazer um reconhecimento atempado, senão é um tiro no escuro".
A título de exemplos concretos, tanto Ricardo Almeida como José António falam nas dificuldades de movimentação em passeios, levantar dinheiro no multibanco ou apanhar um elevador, onde a maioria dos botões está sempre colocada muito acima do seu alcance.
Comentário:
Ao nível das acessibilidades e da eliminação das barreiras arquitectónicas, ainda há muito a fazer! É lamentável que o Estado, e seus serviços tutelados, aprove a legislação mas não a cumpra na totalidade!
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