O Ministério da Educação confirmou esta semana que as provas de aferição do 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade obrigatória vão ser realizadas por todos os alunos em suporte electrónico. Esta meta já tinha sido apontada pelo Instituto de Avaliação Educativa (Iave, responsável pela avaliação externa) e foi confirmada pelo ministério numa comunicação que enviou àquele organismo, nesta terça-feira.
Na carta de solicitação dirigida ao Iave, em que determina os objectivos e requisitos da avaliação externa em 2022/2023, o ministro da Educação, João Costa, determina que as provas de aferição “serão realizadas em suporte electrónico generalizadamente em todas as escolas”. Em 2022 estas provas foram realizadas em computador por três mil alunos, num projecto-piloto destinado a testar qual a viabilidade da mudança do papel e caneta para o computador.
Estão previstas provas de aferição nas disciplinas de Português, Estudo do Meio, Matemática, História e Geografia de Portugal, Ciências Naturais, Físico-Química, Tecnologias da Informação e Comunicação e Inglês.
A calendarização da mudança para computador está contida no projecto Dave- Desmaterialização da Avaliação Externa, lançado pelo Iave depois de estarem garantias verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para levar por diante este objectivo. Estão destinados 12 milhões de euros para garantir que até 2025 todos os exames e provas finais sejam realizados em computador.
À semelhança do que aconteceu com as provas de aferição, também no 9.º ano e no secundário esta passagem será feita de modo gradual. Na carta enviada ao Iave, e que abarca os anos lectivos 2022/2023 e 2023/2024, João Costa determina que as provas finais do 9.º ano serão realizadas, em 2023, “por um conjunto de escolas a definir pelo Iave” e que no ano seguinte tal já acontecerá em todos os estabelecimentos de ensino.
Quanto aos exames nacionais do secundário, a experiência começará no próximo ano lectivo ainda só com algumas das provas e num conjunto de escolas.
Estrutura dos exames mantém-se
João Costa deu também instruções ao Iave para que se mantenha a estrutura dos exames inaugurada no primeiro ano da pandemia (2019/2020), devendo estes conter um conjunto de “itens cuja resposta é obrigatoriamente contabilizada para a classificação final, que incidem, por exemplo, em competências e conhecimentos desenvolvidos e consolidados ao longo do percurso escolar ou na informação facultada pelos suportes” apresentados na prova. E outro grupo de “itens cuja contabilização para a classificação final depende da pontuação obtida”. Serão tidos em conta os que tiverem melhor pontuação.
Nas informações divulgadas nesta quarta-feira em conjunto com a carta de solicitação do ministro, o Iave apresenta este exemplo: “Numa prova composta por 20 itens, em que 14 são obrigatoriamente contabilizados para a classificação final, os alunos devem responder aos 6 itens restantes, mas apenas são considerados para a classificação final da prova os três cujas respostas obtenham melhor pontuação.”
Esta mesma estrutura será também aplicada nas provas finais do 9.º ano, como já sucedeu em 2022.
Fonte: Público
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