Com todos os professores colocados no início do ano letivo, o Agrupamento de Escolas André Soares arrancou com um “problema recorrente”: falta de docentes de educação especial. “Sendo nós um agrupamento de referência na multideficiência e tendo bastantes alunos com a medida de currículo específico individual precisamos sempre mais docentes de educação especial”, assegurou a diretora do agrupamento, Maria da Graça Moura, até porque “a escola inclusiva não pode ser uma frase muito bonita, tem que ser uma prática constante, uma efetiva escola onde todos se sentem incluídos, independentemente das suas necessidades de suporte”.
As problemáticas dos alunos com necessidades educativas especiais do Agrupamento de Escolas André Soares “requerem, em grande parte, muito tempo de apoio dos docentes de educação especial, pelo que neste agrupamento o grupo tem que ser reforçado para dar uma resposta educativa digna”, constatou a diretora, lamentando que esta situação aconteça todos os anos.
Apesar de no início do ano letivo ter sido um “período complicado”, neste momento, garantiu Maria da Graça Moura, “está a ficar melhor”.
As famílias dos alunos, continuou a diretora, “esperam respostas, apoios de acordo com as necessidades de cada um, esperam que a escola invista no desenvolvimento dos seus filhos, na implementação de um programa educativo individual consciente, integrador, socializador, que rentabilize ao máximo as capacidades individuais”.
Uma “grande notícia” no final do ano letivo foi importante. E Maria da Graça Moura justificou: “Braga não tinha resposta para os alunos das Unidades de Apoio Especializado (UAE) no ensino secundário. Na escola André Soares frequentavam a UAE alunos com com 18 e 20 anos e não é idade para frequentar uma EB2,3. Como não havia resposta iam ficando por cá. Tínhamos 17 alunos nessas circunstâncias e, entretanto, estavam outros alunos em S. Lázaro a aguardar”.
Agora abriu, “finalmente”, na Escola Secundária Alberto Sampaio uma Unidade de Apoio Especializado para os alunos do secundário. “Os alunos com mais de 15 anos, que terminaram o 9.º ano continuam o seu percurso na escola secundária e os alunos que estavam em S. Lázaro passaram para a EB2,3 André Soares”, contou a diretora, admitindo que “foi uma justa solução, já que estes alunos têm direito a uma grande estrutura de suporte, diversas terapias e de ter um acompanhamento digno”.
A escola a tempo inteiro inclui o horário de almoço, entre as 12 e as 14 horas, e o acompanhamento dos alunos deve ser feito em condições de segurança e de bem-estar. Para o garantir o agrupamento precisa também de mais pessoal não docente para assegurar esse horário. “As Associações de Pais/EE estão envolvidas são parceiros que asseguram os almoços e o acompanhamento e a câmara municipal atribui uma verba por aluno. Mas a escola também tem de colaborar neste processo e mesmo assim faltam assistentes”, assumiu.
Fonte: Correio do Minho por indicação de Livresco
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