Uma hora por semana. Não há lições para dar, nem ordens a cumprir. Há sim histórias, brinquedos coloridos, músicas para acompanhar, canções para cantar, brincadeiras para partilhar, danças para aprender, sacos com livros e objetos lúdicos para levar para casa. É uma hora de encontro entre pais e filhos, até aos 6 anos de idade, que trocam sorrisos, brincam, contam peripécias. Os participantes fazem uma roda e a sessão arranca com uma canção de boas-vindas. Os nomes usados nas cantigas adaptam-se aos batismos dos intervenientes que estão na sala. O projeto A Par - Aprender em Parceria surgiu em 2006, no seio da Escola Superior de Educação de Lisboa, e tem lugar em três bairros de realojamento da capital. Ao todo, são 120 as crianças envolvidas.
Emília Nabuco criou o A Par. A professora e investigadora da Escola Superior de Educação de Lisboa adianta que o projeto surge para estender a mão "a pais de camadas sociais mais desfavorecidas e a crianças pequenas". Para que estejam juntos, para que explorem brincadeiras em conjunto. Um objeto e mil e uma atividades que podem ser feitas. Os pais são ajudados a construir um dossier com os gostos e conquistas dos filhos. Passos considerados importantes nas várias etapas do desenvolvimento das crianças e que podem fazer a diferença quando se entra no primeiro patamar do ensino. Na questão da segurança, da autoestima e até do sucesso escolar. "Estimulando os pais a aprenderem, os filhos vão mais preparados para o 1.º ano de escolaridade. Se cantarem, se brincarem, se disserem muitas histórias, se estabelecerem uma rotina para a alimentação e para o sono, se tiverem todos os cuidados", garante a responsável.
É feito um círculo e as líderes, educadoras de infância e psicólogas, orientam a sessão.
"Assumimos as pessoas tal e qual como são, sem críticas, sem imposições, sem lhes dizer não faça isso ao seu filho", explica Emília Nabuco. Não há autoritarismo, nem repreensões. "Há um modelo que se impõe pelo aspeto lúdico, pela brincadeira." "Há um ciclo de três sessões em que o mesmo tema é tratado de maneiras diferentes", esclarece. Três grandes secções: outono/inverno, primavera e verão.
A repetição é colocada de lado. "O que cativa nas sessões é a não repetitividade e a permanente componente lúdica." Nesse sentido, são usadas "estratégias lúdicas inovadoras". A partir dos dois meses de idade a criança tem contacto com os livros. Pais e filhos cantam e dançam ao mesmo tempo. Aprendem massagem para bebés e a contar histórias de uma forma dinâmica. No final, na hora do adeus, um pano colorido é partilhado por todos. Manuseado pelos pais e que passa por cima das cabeças dos mais pequenos. "As próprias crianças ficam como que envoltas numa magia." Depois disso, os pais levam um saco plástico para casa com um livro de histórias e brinquedos relacionados com essa obra literária. E trazem-no na sessão seguinte. "Investimos muito nos materiais: são muito bonitos e muito bons." Havia mães que nunca tinham lido um livro e crianças que nunca tiveram brinquedos.
Há aspetos que saltam à vista e que podem ser relacionados com a presença nas sessões semanais, com o contacto que é estabelecido entre pais. "Algumas mães estão a tentar ir para a escola", refere Emília Nabuco. Outras começam a procurar emprego. Nota-se vontade de complementar a vida. E também há mudanças a nível físico e de linguagem. "Há mais cuidado de apresentação consigo e com os filhos."
Emília Nabuco afirma que a maternidade e a paternidade não são inatas e, por isso, há que aprender a lidar com as situações. "Algumas mães e alguns pais, quando nascem os seus filhos, não assumem que são os principais responsáveis", observa. Há resistência em admitir a condição social de mãe e pai. Não se trata de uma questão psicológica. "Não assumem a maternidade e a paternidade como um facto. Algumas mães são adolescentes e para uma adolescente é muito pesado ter de assumir a responsabilidade de ter um filho", concretiza.
É feito um círculo e as líderes, educadoras de infância e psicólogas, orientam a sessão.
"Assumimos as pessoas tal e qual como são, sem críticas, sem imposições, sem lhes dizer não faça isso ao seu filho", explica Emília Nabuco. Não há autoritarismo, nem repreensões. "Há um modelo que se impõe pelo aspeto lúdico, pela brincadeira." "Há um ciclo de três sessões em que o mesmo tema é tratado de maneiras diferentes", esclarece. Três grandes secções: outono/inverno, primavera e verão.
A repetição é colocada de lado. "O que cativa nas sessões é a não repetitividade e a permanente componente lúdica." Nesse sentido, são usadas "estratégias lúdicas inovadoras". A partir dos dois meses de idade a criança tem contacto com os livros. Pais e filhos cantam e dançam ao mesmo tempo. Aprendem massagem para bebés e a contar histórias de uma forma dinâmica. No final, na hora do adeus, um pano colorido é partilhado por todos. Manuseado pelos pais e que passa por cima das cabeças dos mais pequenos. "As próprias crianças ficam como que envoltas numa magia." Depois disso, os pais levam um saco plástico para casa com um livro de histórias e brinquedos relacionados com essa obra literária. E trazem-no na sessão seguinte. "Investimos muito nos materiais: são muito bonitos e muito bons." Havia mães que nunca tinham lido um livro e crianças que nunca tiveram brinquedos.
Há aspetos que saltam à vista e que podem ser relacionados com a presença nas sessões semanais, com o contacto que é estabelecido entre pais. "Algumas mães estão a tentar ir para a escola", refere Emília Nabuco. Outras começam a procurar emprego. Nota-se vontade de complementar a vida. E também há mudanças a nível físico e de linguagem. "Há mais cuidado de apresentação consigo e com os filhos."
Emília Nabuco afirma que a maternidade e a paternidade não são inatas e, por isso, há que aprender a lidar com as situações. "Algumas mães e alguns pais, quando nascem os seus filhos, não assumem que são os principais responsáveis", observa. Há resistência em admitir a condição social de mãe e pai. Não se trata de uma questão psicológica. "Não assumem a maternidade e a paternidade como um facto. Algumas mães são adolescentes e para uma adolescente é muito pesado ter de assumir a responsabilidade de ter um filho", concretiza.
In: Educare
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