domingo, 17 de março de 2024

Professores dão 60 dias ao próximo Governo e ameaçam fazer greve aos exames

Os professores estão disponíveis para avançar para a greve na época de exames, se o próximo Governo não responder a algumas das principais reivindicações nos primeiros 60 dias de executivo.

O aviso é feito pelo movimento “Missão Escola Pública”, que este sábado enviou uma carta com 11 pontos ao líder da AD, Luís Montenegro, e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Entre as reivindicações está a recuperação de todo o tempo de serviço dos professores e o fim das provas em formato digital, já este ano letivo.

Sem esses compromissos, os docentes estão disponíveis para avançar com uma greve aos exames, garante Cristina Mota, do movimento “Missão Escola Pública”, em declarações à Renascença.

“Pretendemos de uma forma preventiva alertar o próximo Governo que, no que diz respeito à educação, não é apenas o tempo de serviço que tem de ser recuperado: a eliminação das quotas de acesso ao quinto e sétimo escalão, ajudas de custo aos professores deslocados e a eliminação das provas de avaliação em formato digital“, sublinha Cristina Mota.
Lista de 11 reivindicações da “Missão Escola Pública”

- Agendamento da recuperação de todo o tempo de serviço;

- Alteração ao atual modelo de Avaliação Docente;

- Eliminação das quotas de acesso aos 5.º e 7.º escalões;

- Alteração ao modelo de gestão, tornando-o democrático;

- Definição de ajudas de custo para os docentes deslocados;

- Anulação da possibilidade de recrutamento de professores por parte dos diretores, anulando esta ideia de reforço dos seus poderes autocráticos;

- Decretamento do fim das provas em formato digital;

- Implementação de medidas que visem combater o facilitismo e a indisciplina;

- Revisão do decreto que define a habilitação própria para a docência;

- Implementação de medidas que promovam uma verdadeira inclusão, quer de alunos com necessidades educativas especiais, quer de alunos estrangeiros;

- Agendamento de reuniões de trabalho cujo objetivo seja a substituição das aprendizagens essenciais por programas mais exigentes, bem como a redefinição da carga horária das diferentes disciplinas.


Fonte: RR

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