sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Células estaminais usadas para tratar paralisia cerebral


O sangue do cordão umbilical poderá vir a ser usado no tratamento da paralisia cerebral, depois de provas dadas no tratamento de doenças do foro hemato-oncológico e de outras doenças do sistema sanguíneo e imunitário. Para testar a aplicabilidade das células estaminais naquela patologia, está a ser realizado um estudo pioneiro pela pediatra e investigadora norte-americana Joanne Kurtzberg.

Desde 2005 que no departamento de pediatria da Duke University, nos Estados Unidos da América, várias crianças com paralisia cerebral e traumatismo crânio-encefálico têm vindo a receber transfusões do seu próprio sangue do cordão umbilical (infusões autólogas), em regime experimental.

Em Maio deste ano, um bebé português de 18 meses, cujos pais guardaram o sangue do cordão umbilical num banco privado português, integrou o estudo da Duke University e recebeu uma infusão autóloga. Dois meses mais tarde, uma criança de nacionalidade italiana, que também tinha crio-preservado neste banco, foi considerada elegível para este mesmo estudo, tendo igualmente recebido a infusão de sangue do cordão umbilical.

Aguardam-se agora os resultados do estudo da Duke University e vários especialistas mostram-se entusiasmados com a possibilidade desta aplicação terapêutica. Rui Reis, director Instituto Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, com sede na Universidade do Minho, e actual presidente da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Células Estaminais e Terapia Celular, considera que “no futuro, as células estaminais do sangue do cordão umbilical não serão só utilizadas no tratamento de doenças do foro hemato-oncológico, sanguíneo e imunitário”.

Segundo o responsável, “estes estudos, embora preliminares, começam agora a demonstrar o potencial destas células noutros campos de aplicabilidade terapêutica tais como a paralisia cerebral. Mas isso só será em muitos casos possível, sendo este um claro exemplo, através da realização de tratamentos autólogos, sendo por isso crucial o armazenamento dessas células à nascença em bancos privados que permitam o seu uso no próprio paciente”.

Rui Reis explicou ainda que estes estudos experimentais têm que ser analisados com cuidado, porque não são totalmente conclusivos, mas é clara a segurança de todo o procedimento efectuado pela Duke University, devendo-se aguardar por resultados a longo termo.
Contribuir para a saúde futura

Raul Santos, administrador da Crioestaminal (banco de crio-preservação de células estaminais do sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos), congratula-se com o facto de a empresa poder contribuir para este estudo pioneiro e afirma que “investe muito na pesquisa de novas aplicações terapêuticas das células estaminais do sangue do cordão umbilical” e mostra-se por isso satisfeito por poder “contribuir para o desenvolvimento do estudo de Joanne Kurtzberg”.

Até ao momento, são mais de 30 mil os pais que aderiram no País a esta técnica e que a consideram uma opção preventiva da saúde futura dos seus filhos. Esta realidade confirma a solidez, experiência, qualidade e segurança que a empresa cumpre ao serviço da saúde e que a tornam uma referência no momento de optar pela crio-preservação.

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