sábado, 27 de fevereiro de 2010

"Cegos ainda se debatem com muitos obstáculos"

Quatro perguntas...
O que levou a ACAPO a aderir a este projecto (ver texto abaixo)?
Para a ACAPO, tudo o que são projectos que ajudem a melhorar a mobilidade e segurança dos cegos e das pessoas com baixa visão são para nós muito importantes. Daí, também, termos aderido a este projecto.
Que problemas têm, ao nível da mobilidade, no dia-a-dia?
Hoje em dia, os cegos ainda se debatem com inúmeros problemas. Desde postes no meio do passeio a caixotes do lixo que parecem colocados de forma quase aleatória, os buracos e os carros em cima do passeio, a falta de mais sinalização sonora, passeios rebaixados nas passadeiras. São muitos os problemas.
Com que outras dificuldades se deparam diariamente?
Desde logo o acesso aos programas de televisão, era preciso mais audiodescrição e tradução, nos noticiários, por exemplo, das declarações em línguas estrangeiras. Depois, e isso é cada vez mais importante, as boxes de cabo, que são inacessíveis para os cegos. Além disso, há ainda muitos sítios da própria administração pública que ainda não cumprem as regras de acessibilidade.
Ainda falta muita informação para cegos?
Sim... Outra das questões que temos levantado é junto das editoras, que não publicam livros acessíveis a cegos.

3 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns ao autor do blog pela pertinência dos assuntos tratados.
Mas como colocar o nome das áreas especiais na pauta?
E pode acontecer dois alunos com CEI na mesma turma mas com áreas diferentes.
Será que com o Prodesis se consegue fazer isso?

João Adelino Santos disse...

Trata-se de uma questão pertinente para a qual não tenho resposta objectiva. Vejo algumas possibilidades:
- Agregar todas as áreas curriculares "especiais" numa designação, como por exemplo (e é mesmo só um exemplo!) "Autonomia Pessoal e Social" (APS), sendo que na síntese descritiva da avaliação se discrinimariam e abordariam os diversos domínios: Língua Portuguesa Funcional; Matemática Funcional; Natação (embora esta possa ser enquadrada na Educação Física se for prestada pelo mesmo professor); Mundo Actual ou Homem e Ambiente; etc...
- Discriminá-las tentando, na minha perspectiva, diminuir as áreas "especiais", agregando algumas, sempre que possível, reduzindo, assim, o número de áreas a incluir na pauta.
- Por analogia com a terminologia aplicada nos RVCC Básico, podemos adoptar outras designações: Matemática para a Vida; Linguagem e Comunicação; Cidadania; e outras mais específicas.
Considero que é um erro alterar a meio do ano os procedimentos. Era preferível lançar o debate e introduzir as alterações a partir do início do próximo ano.
Neste momento, atendendo às práticas que me parecem mais generalizadas, talvez seja mais útil e pacífico agregar todas as áreas "especiais" numa só designação, a incluir na pauta. No início do próximo ano devem, então, ser clarificadas e definidas todas estas situações.
Há uma questão a considerar ainda: aparecendo muitas áreas distintas numa pauta, logo um acto discriminatório relativametne aos restantes alunos da turma, até que ponto estaremos a facilitar o processo de inclusão?
Segundo me informaram, os programas utilizados nas escolas, designadamente no meu agrupamento, permite incluir mais disciplinas/áreas.

Anónimo disse...

Desculpe o comentário sugir neste post, mas foi mesmo por engano.
Também acho que alterar agora o procedimento avaliativo, a meio do ano lectivo, não faz qualquer sentido.
Quanto às outras questões concordo inteiramente.