O secretário de Estado da Educação fez hoje um balanço "extraordinariamente positivo" do trabalho realizado por escolas e instituições na área da educação especial durante o primeiro ano de aplicação do decreto-lei que instituiu a reforma do sistema.
Valter Lemos falava numa conferência internacional dedicada à educação inclusiva, a decorrer hoje e sábado, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, cuja abertura estava prevista pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que acabou por não comparecer. Valter Lemos reconheceu que o país está ainda longe de atingir a "velocidade de cruzeiro" nesta matéria e sublinhou o reforço de meios humanos, mas no final ouviram-se alguns apupos numa plateia em que estão presentes muitos professores.
"O trabalho que se realizou no ano lectivo que agora terminou foi extraordinariamente positivo. Demos passos muito grandes", afirmou o secretário de Estado, sublinhando o esforço feito por escolas, professores, instituições e pais. "Tentámos que esse esforço tivesse algum apoio de forma a conseguir que os recursos possam ser progressivamente reforçados e melhorados. Tivemos mais professores e mais técnicos, mas sabemos que ainda não estamos no ponto de podermos dar-nos por satisfeitos", disse.
Segundo Valter Lemos, deram-se "passos muito grandes" na colaboração entre escolas do ensino regular e instituições de educação especial. "Temos mais de 70 protocolos com instituições de ensino especial para trabalho conjunto com escolas do chamado ensino regular para apoio a crianças e jovens com necessidades educativas especiais", declarou. De acordo com o secretário de Estado, mais de 20 instituições do Ensino Superior portuguesas estão a colaborar com o Ministério da Educação nas questões relacionadas com a formação profissional, designadamente para aplicação do novo decreto-lei.
A conferência reúne em Lisboa mais de mil participantes, entre especialistas em educação, professores e jovens com necessidades educativas especiais. Um desses jovens, José Guilherme, 22 anos, queixou-se que não existem gabinetes de apoio a autistas nos institutos politécnicos e da falta de legislação para dar mais tempo a estes jovens quando têm de realizar provas nacionais e exames de áreas complexas como Matemática e Física, responsabilizando os políticos pelas lacunas legislativas.
José Guilherme ingressou no ano passado no Instituto Superior de Engenharia em Coimbra e sonha criar uma loja de reparação de equipamento informático, com "lugares para pessoas deficientes". Na conferência participam mais dois jovens portadores de deficiência que estão a seguir o percurso académico, apesar das dificuldades: Eiliana, 19 anos, natural de Leiria e a frequentar o primeiro ano de Direito, em Coimbra, e Daniel Francisco, 21 anos, de Odemira, que está no 3.º ano de Gestão e integra a tuna masculina da Universidade de Évora.
Público Online
Valter Lemos falava numa conferência internacional dedicada à educação inclusiva, a decorrer hoje e sábado, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, cuja abertura estava prevista pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que acabou por não comparecer. Valter Lemos reconheceu que o país está ainda longe de atingir a "velocidade de cruzeiro" nesta matéria e sublinhou o reforço de meios humanos, mas no final ouviram-se alguns apupos numa plateia em que estão presentes muitos professores.
"O trabalho que se realizou no ano lectivo que agora terminou foi extraordinariamente positivo. Demos passos muito grandes", afirmou o secretário de Estado, sublinhando o esforço feito por escolas, professores, instituições e pais. "Tentámos que esse esforço tivesse algum apoio de forma a conseguir que os recursos possam ser progressivamente reforçados e melhorados. Tivemos mais professores e mais técnicos, mas sabemos que ainda não estamos no ponto de podermos dar-nos por satisfeitos", disse.
Segundo Valter Lemos, deram-se "passos muito grandes" na colaboração entre escolas do ensino regular e instituições de educação especial. "Temos mais de 70 protocolos com instituições de ensino especial para trabalho conjunto com escolas do chamado ensino regular para apoio a crianças e jovens com necessidades educativas especiais", declarou. De acordo com o secretário de Estado, mais de 20 instituições do Ensino Superior portuguesas estão a colaborar com o Ministério da Educação nas questões relacionadas com a formação profissional, designadamente para aplicação do novo decreto-lei.
A conferência reúne em Lisboa mais de mil participantes, entre especialistas em educação, professores e jovens com necessidades educativas especiais. Um desses jovens, José Guilherme, 22 anos, queixou-se que não existem gabinetes de apoio a autistas nos institutos politécnicos e da falta de legislação para dar mais tempo a estes jovens quando têm de realizar provas nacionais e exames de áreas complexas como Matemática e Física, responsabilizando os políticos pelas lacunas legislativas.
José Guilherme ingressou no ano passado no Instituto Superior de Engenharia em Coimbra e sonha criar uma loja de reparação de equipamento informático, com "lugares para pessoas deficientes". Na conferência participam mais dois jovens portadores de deficiência que estão a seguir o percurso académico, apesar das dificuldades: Eiliana, 19 anos, natural de Leiria e a frequentar o primeiro ano de Direito, em Coimbra, e Daniel Francisco, 21 anos, de Odemira, que está no 3.º ano de Gestão e integra a tuna masculina da Universidade de Évora.
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Comentário:
De facto, só mesmo os elementos da equipa ministerial da educação, ou seus seguidores, conseguem afirmar que o trabalho desenvolvido foi "extraordinariamente positivo"! Dirijam-se às escolas, constatem a realidade e, depois, ajam de acordo com as necessidades e as diversas situações locais!
Queria acreditar que não há eleições nos próximos dias...
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