No âmbito do Dia Mundial da Dislexia, 10 de outubro, a DISLEX – Associação Portuguesa de Dislexia alerta para a necessidade de serem tomadas decisões sobre a política educativa de forma a identificar e acompanhar os alunos com Dislexia desde o Pré-Escolar.
“Em Portugal, uma em cada 10 crianças sofre de Dislexia. Como qualquer criança, querem ser bem sucedidas na escola. Mas, inesperadamente, algo corre mal ao iniciar a leitura-escrita: troca letras de som ou de forma equivalente: ao “c” atribui o som “g”, ao “d”o som “b”! Pretende escrever “pai” e surge “pia” ou “só” e escreve “os””, detalha Helena Serra, Presidente da Assembleia Geral da DISLEX.
A dirigente da DISLEX diz também que “os pais e os professores inquietam-se, tentam resolver a perturbação, mas ela persiste”. “Que se passa com a criança? É esforçada, aprende bem, e até pode ser entusiasta e rápida, em matemática ou estudo do meio, por exemplo. Mas ler é um problema”.
“Adensam-se em torno delas sinais da preocupação; aí se inicia um ciclo penoso que, mais adiante, traz intermináveis momentos de angústia, vergonha e medo. São crianças com capacidades cognitivas por vezes até mais elevadas, mas com desenvolvimento neurodivergente”, acrescenta.
Assim, a DISLEX “reclama pela obrigatoriedade de identificação na educação Pré-escolar, no referente à idade dos 5 anos, dos pré-requisitos das aprendizagens simbólicas – linguagem, conhecimento fonológico, noções de espaço e tempo, perceção e memória auditiva e visual, motricidade, coordenação viso-motora e atenção – com recurso a prova de avaliação da existência destas competências, antes da iniciação escolar”.
Fonte: Jornal Económico por indicação de Livresco
Sem comentários:
Enviar um comentário