Duas equipas internacionais, uma sediada em Londres e outra em Roterdão, publicaram recentemente um estudo, na Nature Genetics, sobre a identificação do gene do cromossoma 15 – o RASGRF1 –, implicado no desenvolvimento da miopia forte. Os cientistas têm esperança de conseguir a longo termo que esta novidade venha abrir portas para criar novos medicamentos ou terapias genéticas que travem o seu desenvolvimento.
Com o progresso da investigação genética poderá prevenir-se o desenvolvimento da doença daqui por dez anos, segundo estimam os investigadores. O gene RASGRF1 já era conhecido por influenciar as células nervosas da retina. Os especialistas acordam que não apenas um, mas sim vários genes intervêm no desenvolvimento da miopia.
Uma das investigações, levada a cabo pela equipa de Pirro Hysi, do King's College, foi realizada em 4200 gémeos e a outra, do grupo de Caroline Klaver, do Erasmus Medical Center, abrangiu 15 mil pessoas. Um dos objectivos é determinar a influência respectiva da hereditariedade e dos hábitos de vida no aparecimento da deformação do olho e conseguir bloqueá-la.
Este problema impede o afectado de ver nitidamente ao longe. A maioria das pessoas sofre de miopia fraca e estabiliza por volta dos 25 anos, mas 2,5 por cento são atingidas por miopia forte e evolutiva, que as acompanha praticamente toda a vida. Quem sofre desta maleita corre igualmente o risco de vir a ter outras patologias graves do olho, como glaucoma, problemas da retina ou cataratas precoces.
1 comentário:
Lá está a genética metida em mais uma! Afinal, não será tudo fruto desta última?!
Enviar um comentário