Já é possível conduzir uma cadeira de rodas eléctrica, fazer chamadas de telemóvel ou acender e apagar a luzes ou a televisão apenas com a direcção do olhar. Tecnologia 100% portuguesa foi desenvolvida na Guarda.
O projecto chama-se "Magic Key" e é uma aplicação informática desenvolvida no Instituto Politécnico da Guarda, dirigida a pessoas com dificuldades físicas ao nível dos membros superiores, permitindo utilizar todas as aplicações de um vulgar computador.
A tecnologia foi agora aplicada a uma cadeira de rodas eléctrica, que já foi testada em pessoas que apenas têm a capacidade mexer os olhos. O sistema, de tecnologia portuguesa, utiliza uma câmara de alta definição e uma aplicação informática que determina a direcção do olhar do utilizador, que é depois enviada ao módulo de controlo da cadeira que permite transformar os parâmetros recebidos em movimentos da própria cadeira.
Para que a cadeira ande para a frente, o utilizador tem que olhar para cima de um ponto de referência que se situa próximo da câmara. Para a cadeira andar para trás, o utilizador tem que olhar para uma zona abaixo do ponto de referência.O mesmos se passa quando quer virar para a esquerda ou para a direita, bastando assim olhar para a direcção para onde quiser ir.
Uma câmara de alta-definição ligada ao computador capta as imagens da face do utilizador e transmite-as à aplicação desenvolvida, que determina o local do monitor para onde o utilizador está virado e posiciona nesse local o cursor do rato. Quando o utilizador fecha os olhos, a aplicação interpreta essa acção como se isso significasse o premir do botão do rato.
Para escrever sem as mãos, utiliza-se um vulgar teclado virtual no ecrã. O utilizador só terá que posicionar o cursor do rato na letra pretendida e piscar o olho. De imediato a tecla seleccionado será enviada para a aplicação.
Esta tecnologia tornou possível que pessoas com deficiências motoras graves possam utilizar qualquer programa instalado no computador, como navegar na Internet, fazer chamadas de telemóvel, conversar em chats ou fóruns, escrever em processadores de texto, entre outras.
Objectivo: ajudar pessoas com deficiências motoras
O projecto Magic Key começou há cerca de cinco anos. Luís Figueiredo, engenheiro de comunicações e telecomunicações pensou que poderia utilizar as potencialidades das novas tecnologias para melhorar a vida de pessoas com deficiências. "Queria que pudessem interagir com um computador de uma forma fácil, simples e económica", explica, acrescentando que, no caso dos equipamentos comandados apenas com o olhar, o grande investimento monetário está na câmara de alta-definição que tem de se aplicar ao computador.
Pensou em conjugar o mundo da electrónica, comunicações e informática e aplicá-lo às necessidades de pessoas com deficiência e fortemente incapacitadas. Luís Figueiredo, o responsável do projecto "Magic Key", afirma que vai até onde a imaginação e a criatividade o levar. Todavia, e apesar do apoio da Fundação PT, têm-se deparado com dificuldades para conseguir mais apoios financeiros que sustentem a investigação. "Estamos num Instituto Politécnico que ainda por cima fica no interior e nem sempre a investigação nestas unidades é bem apadrinhada. Não é fácil convencer as entidades. Prova disso é a Fundação para a Ciência e Tecnologia que nunca nos apoiou". As vendas dos produtos e serviços que desenvolvem são imediatamente investidas na investigação", explica. Garante que estão abertos à participação de empresas nos projectos de investigação mas avisa: "desde que entendam que o princípio deste projecto não é fazer lucros financeiros. Existem outros tipo de lucros, como ajudar as pessoas com graves deficiências".
Cada caso é um caso: não há duas pessoas iguais e cada uma têm as suas necessidades especiais. "É fundamental receber o retorno dos utilizadores para podermos adaptar a tecnologia a cada um", explica.
"Se tivéssemos design e marketing seria uma grande ajuda para tornar os produtos melhores e divulgar os nossos projectos. Para já interessa-nos a funcionalidade mas é importante, de futuro, adicionar um design mais apelativo e que se possa adequar melhor às necessidades do utilizador", diz.
Para saber mais ou pedir informações sobre o projecto Magic Key consultar: http://www.magickey.ipg.pt/ .
A tecnologia foi agora aplicada a uma cadeira de rodas eléctrica, que já foi testada em pessoas que apenas têm a capacidade mexer os olhos. O sistema, de tecnologia portuguesa, utiliza uma câmara de alta definição e uma aplicação informática que determina a direcção do olhar do utilizador, que é depois enviada ao módulo de controlo da cadeira que permite transformar os parâmetros recebidos em movimentos da própria cadeira.
Para que a cadeira ande para a frente, o utilizador tem que olhar para cima de um ponto de referência que se situa próximo da câmara. Para a cadeira andar para trás, o utilizador tem que olhar para uma zona abaixo do ponto de referência.O mesmos se passa quando quer virar para a esquerda ou para a direita, bastando assim olhar para a direcção para onde quiser ir.
Uma câmara de alta-definição ligada ao computador capta as imagens da face do utilizador e transmite-as à aplicação desenvolvida, que determina o local do monitor para onde o utilizador está virado e posiciona nesse local o cursor do rato. Quando o utilizador fecha os olhos, a aplicação interpreta essa acção como se isso significasse o premir do botão do rato.
Para escrever sem as mãos, utiliza-se um vulgar teclado virtual no ecrã. O utilizador só terá que posicionar o cursor do rato na letra pretendida e piscar o olho. De imediato a tecla seleccionado será enviada para a aplicação.
Esta tecnologia tornou possível que pessoas com deficiências motoras graves possam utilizar qualquer programa instalado no computador, como navegar na Internet, fazer chamadas de telemóvel, conversar em chats ou fóruns, escrever em processadores de texto, entre outras.
Objectivo: ajudar pessoas com deficiências motoras
O projecto Magic Key começou há cerca de cinco anos. Luís Figueiredo, engenheiro de comunicações e telecomunicações pensou que poderia utilizar as potencialidades das novas tecnologias para melhorar a vida de pessoas com deficiências. "Queria que pudessem interagir com um computador de uma forma fácil, simples e económica", explica, acrescentando que, no caso dos equipamentos comandados apenas com o olhar, o grande investimento monetário está na câmara de alta-definição que tem de se aplicar ao computador.
Pensou em conjugar o mundo da electrónica, comunicações e informática e aplicá-lo às necessidades de pessoas com deficiência e fortemente incapacitadas. Luís Figueiredo, o responsável do projecto "Magic Key", afirma que vai até onde a imaginação e a criatividade o levar. Todavia, e apesar do apoio da Fundação PT, têm-se deparado com dificuldades para conseguir mais apoios financeiros que sustentem a investigação. "Estamos num Instituto Politécnico que ainda por cima fica no interior e nem sempre a investigação nestas unidades é bem apadrinhada. Não é fácil convencer as entidades. Prova disso é a Fundação para a Ciência e Tecnologia que nunca nos apoiou". As vendas dos produtos e serviços que desenvolvem são imediatamente investidas na investigação", explica. Garante que estão abertos à participação de empresas nos projectos de investigação mas avisa: "desde que entendam que o princípio deste projecto não é fazer lucros financeiros. Existem outros tipo de lucros, como ajudar as pessoas com graves deficiências".
Cada caso é um caso: não há duas pessoas iguais e cada uma têm as suas necessidades especiais. "É fundamental receber o retorno dos utilizadores para podermos adaptar a tecnologia a cada um", explica.
"Se tivéssemos design e marketing seria uma grande ajuda para tornar os produtos melhores e divulgar os nossos projectos. Para já interessa-nos a funcionalidade mas é importante, de futuro, adicionar um design mais apelativo e que se possa adequar melhor às necessidades do utilizador", diz.
Para saber mais ou pedir informações sobre o projecto Magic Key consultar: http://www.magickey.ipg.pt/ .
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