quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Conselho Nacional de Educação propõe alternativas ao chumbo dos alunos até aos 12 anos


O Conselho Nacional de Educação tem pronto um parecer para entregar ao Governo, onde sugere que sejam encontradas alternativas aos chumbos dos alunos até aos 12 anos. A aposta deve assentar em medidas eficazes de apoio aos estudantes com maiores dificuldades.
Para o órgão consultivo do Governo para a Educação, as repetições são «um problema que tem proporções catastróficas para os alunos».
Segundo a edição esta quarta-feira do Diário Económico o Conselho Nacional de Educação recomenda ao Executivo para que encontre alternativas às repetições.
Só desta forma se pode atingir bons desempenhos por parte dos alunos e resolver os problemas de insucesso escolar, considera o parecer aprovado em plenário.
Nas propostas avançadas pelo Conselho Nacional de Educação estão estratégias de apoio aos alunos, intervenções aos primeiros sinais de dificuldades e estratégias de diferenciação pedagógica.
O Diário Económico refere que, na Finlândia, onde existe o melhor desempenho escolar do mundo, não há aluno que reprove na escolaridade obrigatória.
Já na Irlanda e na maioria dos países com bons resultados, as repetições foram substituídas por estratégias de apoio aos alunos.
O Conselho Nacional de Educação quer acabar de vez com a ideia de que repetir o ano nunca fez mal e por isso recomenda ao Governo que estude as soluções adoptadas noutros países.
No parecer fica a ideia de que o passar de ano sem que se tenha aprendido não é solução, mas a repetição também não o é, especialmente quando a responsabilidade da falta de aprendizagem é atirada para o aluno ou para a família.
Comentário:
Não tenho opinião formada sobre esta proposta! No entanto, há algo que ressalta nesta notícia e me deixa, uma vez mais, surpreendido. Lá vamos "nós" propor a cópia de medidas de outros países. Pergunto-me então: com os especialistas que temos no país, com os estudos efectuados, com as conferências realizadas, com as propostas e discussões abertas, com o conhecimento do impacto de determinadas medidas em outros países, não seremos "NÓS" capazes de propor medidas algo inovadoras, contextualizadas e adaptadas à nossa realidade?! Tivemos a coragem de partir à descoberta do mundo e não somos capazes de apresentar propostas inovadoras em matéria de educação?!

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