Mais de metade dos alunos carenciados não segue para a universidade e só 6% dos que entram estão em cursos de excelência. Já no percurso académico superior os mais desfavorecidos têm notas acima dos colegas
Concluído o ensino secundário no ano letivo de 2021/2022, o ensino superior foi uma saída para apenas 44% dos alunos do escalão A da ação social escolar. Sendo que, se olharmos para quem vem de cursos profissionais a percentagem desce para 18%.
Os números da Direção Geral do Ensino Superior sobre a equidade, a que o Jornal de Notícias teve acesso, mostram também que nos estudantes que entram o desempenho académico é muitas vezes superior ao dos não beneficiários, com mais créditos em média no final do primeiro ano letivo, mas também com mais estudantes a abandonarem o ensino superior.
O estudo do Governo que agora cessou funções e que sistematiza a revisão do acesso ao superior mostra que o contingente prioritário, criado no mandato socialista, para alunos do escalão A permitiu a entrada de cerca de mil estudantes na 1º fase sem o contingente em metade dos cursos com nota de ingresso superior a 17 estes alunos ficariam de fora.
Depois de um percurso académico com maiores dificuldades na transição de ano e na entrada no superior na universidade os alunos do escalão A conseguem melhorar os resultados.
Ainda assim , em 2022/23 apenas 6% conseguiram entrar num curso de excelência como medicina, o número mais do que duplica quando se trata de alunos não beneficiários.
O estudo vem mais uma vez confirmar que as situações financeiras difíceis e o nível de escolaridade dos pais ditam menos probabilidades de um aluno obter uma formação superior.
Um diagnóstico que exige politicas educativas que permitam uma maior equidade na entrada para o Ensino Superior.
Fonte: SIC Notícias por indicação de Livresco
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