quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Alunos com necessidades especiais de Évora sem aulas por falta de funcionários

Alunos com necessidades educativas especiais que frequentam a Escola Básica Manuel Ferreira Patrício, em Évora, estão sem atividades letivas desde o início do segundo período, há mais de uma semana, devido à falta de funcionários, segundo fonte sindical.

A situação foi denunciada hoje pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA) e pela mãe de uma das crianças, mas a direção da escola, contactada pela agência Lusa, indicou que não faz declarações sobre o assunto.

"Esta situação compromete a minha estabilidade profissional e a resposta de terapias e apoios psicopedagógicos à minha filha", lamentou à Lusa Liliana Burrica, mãe de uma das crianças da Unidade de Educação Especial da Escola Manuel Ferreira Patrício.

Esta encarregada de educação indicou que a unidade é frequentada, a título permanente, por cinco crianças, com idades entre os oito e os 15 anos, realçando que estes alunos estão sem atividades letivas desde o início da pausa letiva do Natal.

"Fui informada três dias antes de que, no dia 06 de janeiro, não se iniciava o funcionamento da unidade e que a situação estava relacionada com o número insuficiente de funcionários, que colocava em risco a segurança dos alunos", disse.

Liliana Burrica notou que já contactou a escola e que não obteve qualquer resposta, sublinhando que "não existe sequer uma previsão de quando é que as crianças podem retomar as atividades".

"Estamos a falar de crianças com necessidades educativas especiais, que têm na escola fisioterapia, terapia da fala e acompanhamento psicológico. Todas estas valências acabam por falhar, porque não é em casa que as crianças têm este tipo de respostas", referiu.

Também o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas denunciou que a Unidade de Educação Especial desta escola não está a funcionar, devido à falta de assistentes operacionais.

Em comunicado, o STFPSSRA indicou que a unidade "encontra-se encerrada desde o início do segundo período letivo", o que obriga "as crianças a ficarem em casa" e causa "grande descontentamento, preocupação e transtorno na vida profissional dos pais".

Fonte: 24 Sapo por indicação de Livresco

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