segunda-feira, 28 de maio de 2012

Criança hiperactiva regressou às aulas em Viana do Castelo

A criança de seis anos, que na passada quarta-feira foi proibida de frequentar a Escola da Avenida, em Viana do Castelo, devido ao seu comportamento hiperativo, foi autorizada a regressar às aulas. A escola decidiu autorizar a entrada do aluno de novo no estabelecimento de ensino depois de a direção escolar ter concluído que o seu comportamento “estabilizou”. 

A criança tinha sido impedida de frequentar a escola devido ao comportamento hiperativo que apresenta para com colegas, professores e auxiliares. A situação e os alegados conflitos da criança na turma do primeiro ano que frequenta naquela escola eram conhecidas desde setembro, nomeadamente com episódios de violência sobre outros alunos, mas tudo se agudizou há cerca de duas semanas. 

Essa situação terá levado a escola a decidir a suspensão do aluno, agora alterada. “Houve uma alteração da medicação e sempre dissemos que quando se estabilizassem os comportamentos ele regressaria. Foi o que aconteceu hoje”, explicou fonte da direção do Agrupamento de Escolas do Atlântico.

A decisão de deixar o menino regressar foi tomada na última sexta-feira, numa reunião que juntou os avós, que têm a tutela do menor, a direção da escola e a médica pedopsiquiatra que assegura o acompanhamento do menor. 

No entanto, o regresso ainda será parcial, já que a criança vai continuar a almoçar em casa, de forma a evitar aquele “período de maior agitação”, identificado como “uma fonte de perturbação”. “Foi uma sugestão dos encarregados de educação que aceitámos e com a qual concordamos. Tem a ver com o processo de integração que é necessário assegurar”, disse ainda fonte.

Ainda assim, a escola reconhece estar “limitada” no acompanhamento que faz do rapaz, tendo em conta que a professora do educação especial que fazia o seu acompanhamento se encontra de baixa médica. “Temos um problema de recursos, o que faz com que tenhamos que reformular a estratégia”, acrescentou.

Fonte do Ministério da Educação justificou a decisão de não permitir que o aluno frequentasse a escola “de forma a garantir a segurança de todos”, aguardando que a nova medicação “o estabilizasse do ponto de vista comportamental”.

“Em casa ele está bem, aqui acho que puxam por ele, as outras crianças, e depois acontece isto. Mas não é nenhum monstro como a escola o fez parecer e até me prometeu que ia portar-se melhor, porque ele percebe isto”, explicou Vítor Araújo, o avô, após deixar o rapaz na escola, hoje de manhã.

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