quarta-feira, 20 de abril de 2011

Guia para lidar com o stress

"Reconhece-se atualmente que o stress relacionado com o trabalho é um dos principais desafios do setor da Educação. Muitos são aqueles que, estando ligados ao ensino e à formação, sentem stress, reconhecem que trabalham em condições stressantes e precisam de encontrar soluções para o problema, gerindo os diversos fatores de risco e prevenindo os danos pessoais e organizacionais associados ao stress", refere Sara Brandão, coordenadora do projeto Stressless - Promover a Resiliência dos Educadores ao Stress. 

Trata-se de um projeto que será desenvolvido ao longo de dois anos, começou em novembro do ano passado e terminará em outubro de 2012, para criar um guia prático de intervenção validado a nível internacional. A iniciativa envolve nove países e é promovida pela Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), ao abrigo do Programa Aprendizagem ao Longo da Vida. 

"O projeto tem como objetivo o desenvolvimento de um guia para a intervenção no stressdos educadores, testado e validado internacionalmente", resume. Um guia prático de intervenção para educadores e instituições do setor. O Stressless está a dar os primeiros passos e, neste momento, tem em curso um processo de análise das efetivas necessidades dos educadores. Para avaliar o nível de stress dos educadores, bem como perceber quais os esforços preventivos das instituições, foi feito um questionário e realizaram-se entrevistas. "Os resultados recolhidos através destes dois métodos permitirão o posterior desenvolvimento dos conteúdos do guia para a intervenção no stresse, finalmente, o seu teste num curso gratuito para os educadores", explica. 

O diagnóstico está feito e foram auscultados mais de 500 educadores e 45 instituições. Neste momento, os dados estão a ser tratados e os resultados serão divulgados num relatório que estará disponível no final de maio no site da SPI (www.spi.pt/stressless). "A construção do guia de intervenção estará, assim, suportada por um exercício de diagnóstico conduzido em todos os países da parceria - através da realização de questionários aos educadores e de entrevistas a instituições educativas - e por um exercício de identificação de boas práticas, igualmente realizados nos nove países", adianta Sara Brandão. 

Depois de avaliadas as necessidades, o Stressless entra então numa nova etapa. Em outubro deste ano, arrancam os workshops de validação em que 15 educadores, 15 por evento, têm a oportunidade de testar o guia. Estes encontros terão lugar em cinco países, Portugal incluído, que serão divulgados no site da SPI, no Facebook e na newsletter do projeto. A participação é gratuita. 

A versão final do guia é apresentada em agosto de 2012 numa sessão europeia destinada a 15 educadores. Os interessados em participar neste curso podem candidatar-se a bolsas de formação junto da Agência Nacional para a Gestão do Programa Aprendizagem ao Longo da Vida. 

"Com o final do projeto, setembro e outubro de 2012, esta ferramenta, testada e validada, será distribuída num DVD e disseminada no YouTube e em vários seminários e mesas-redondas", revela a coordenadora do projeto. 

Sara Brandão sustenta ainda que "a diversidade dos parceiros permitirá a identificação de necessidades em vários países e a construção/validação de um guia de intervenção ajustado às necessidades dos educadores e instituições educativas, em geral, tendo por referência as melhores práticas existentes na Europa". Universidades, entidades formadoras, associações de professores e educadores dos nove países são os parceiros do Stressless que conta com um consórcio que integra 10 entidades de nove países e é apoiado pela Comissão Europeia, ao abrigo do Programa Aprendizagem ao Longo da Vida - Subprograma Grundtvig. 
Sara R. Oliveira

Informações 
22 6099164 

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