sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Fundação Belmiro de Azevedo abre colégio em Setembro

O Colégio Efanor, um estabelecimento de ensino privado em Matosinhos, promovido pela Fundação Belmiro de Azevedo, vai iniciar a sua actividade em Setembro com 180 alunos distribuídos pelo pré-escolar e 1/o ciclo do Ensino Básico.
A directora do colégio, Cristina Carneiro, em declarações à Lusa, explicou que a instituição tem capacidade para acolher um total de 280 alunos distribuídos pelos sete anos de escolaridade (pré e 1/o ciclo).
O colégio, cujo valor do investimento ronda os três milhões de euros, ocupa as antigas instalações do edifício social da fábrica Efanor, na freguesia da Senhora da Hora, em Matosinhos.
O colégio que arranca as suas actividades a 3 de Setembro, terá para já nove turmas, de 20 alunos cada.
Ao nível do pré-escolar, o colégio inicia a sua actividade com lotação total, ou seja, com duas turmas por cada ano, enquanto no 1/o ciclo foram criadas duas turmas para o primeiro ano e uma turma para o segundo ano.
Contudo, segundo Cristina Carneiro, num prazo de dois anos ficará garantida a sequencialidade destes níveis de ensino, até ao 12/o ano de escolaridade, num edifício a construir de raiz.
O valor da mensalidade, que varia entre os 360 euros para o pré-escolar e os 410 euros para o 1/o ciclo, inclui actividades curriculares da componente nacional e actividades curriculares de oferta local.
Além da formação nacional obrigatória, serão leccionadas disciplinas como inglês e o castelhano e será desenvolvido um projecto integrado de expressões (plástica, musical e dramática).
O xadrez, a natação e o transporte para visitas de estudo e actividades realizadas no exterior estão também incluídos no valor da propina mensal.
De acordo com a responsável, o Projecto Educativo do Colégio Efanor valoriza de igual modo as aprendizagens académicas e as aprendizagens relativas ao desenvolvimento pessoal e social dos seus alunos.
A promoção de um forte sentido de responsabilização individual e de grupo, através da aprendizagem da auto-regulação, auto-reflexão e auto-organização e o desenvolvimento da capacidade de liderança, de tomada de decisão, de construção de confiança, de comunicação e da gestão de conflitos, são alguns dos objectivos propostos.
O colégio está dotado de múltiplos espaços para utilização pedagógica diversificada, tais como biblioteca, mediateca, ludoteca e sala de repouso e prolongamento.
Nos períodos de interrupção lectiva e nas férias do mês de Julho, a escola assegurará a prestação de um serviço educativo e de guarda das crianças, cujo programa poderá integrar actividades desportivas, passeios, campo e praia, ateliers diversos, possibilidade de intercâmbio com crianças de outras escolas e realidades culturais (Escola de Verão).
Além do colégio, estão também a ser construídos naquele local, o complexo residencial Efanor (promovido por uma empresa do universo da Sonae) e uma extensão do Museu de Serralves, numa área cedida à autarquia, que incluirá um local destinado à preservação da memória da Efanor. A Fundação Belmiro de Azevedo é uma instituição sem fins lucrativos, vocacionada para a promoção da Educação, da Cultura e do Desporto e para o apoio a iniciativas de responsabilidade social.
Comentário:
Se é permitido à Fundação Belmiro de Azevedo abrir um colégio, porque não pode ser criada uma escola para sobredotados?! Independentemente das fundamentações e apreciações de natureza pedagógica e sócio-afectiva.

3 comentários:

Anónimo disse...

Este ano para o 2ºciclo, o Colégio Efanor está a fazer provas de acesso de Língua Portuguesa e Matemática(!) para eliminarem logo a possibilidade dos alunos com mais dificuldades de poderem ingressar.
É uma discriminação!!!
O Engº Belmiro só quer alunos que são o TOP (com muito dinheiro!) dos TOP´s (sem dificuldades!)

Marianna Capuano disse...

Este tipo de exames são feitos em colégios em muitos países, para não comprometer a evolução dos alunos por terem alunos mais atrasados na mesma turma. O meu filho passa por este problema, não sente nenhum estímulo vindo da escola. Só tenho pena que no momento financeiramente não possa colocá-lo no Efanor.

João Adelino Santos disse...

Lamentavelmente, a escola regular ainda não consegue dar resposta eficaz aos alunos sobredotados. Os legislativos existem, mas não correspondem ao desejável!