Muitos desconhecem que têm direito a apoios individualizados, como um psicólogo ou um tutor. E muitos até que teriam direito a uma bolsa de estudo. São resultados de um inquérito a 1827 estudantes do ensino superior que têm necessidades especiais — limitações motoras, perturbações de aprendizagem, défice de atenção ou hiperactividade, doenças crónicas e doenças mentais são as condições de saúde mais comuns.
O inquérito foi conduzido pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC). O objectivo foi "complementar, através da caracterização educativa dos alunos, a informação recolhida no Inquérito às Necessidades Especiais de Educação nos Estabelecimentos de Ensino Superior" que decorreu entre 10 de Fevereiro a 21 de Março de 2025. E "ampliar o conhecimento desta realidade, permitindo desenvolver medidas que incrementem melhorias no apoio e na inclusão da população escolar".
Um total 5309 alunos com necessidades especiais "foram reportados pelos 95 estabelecimentos de ensino superior", um número que tem crescido nos últimos anos. Ao novo inquérito da DGEEC responderam apenas 1827. Comecemos pelas bolsas de estudo.
Como qualquer estudante, os estudantes com necessidades especiais podem concorrer a uma bolsa de estudos de acção social ou no caso de terem uma incapacidade igual ou superior a 60% podem requerer uma bolsa de estudos igual ao valor da propina, independentemente dos seus rendimentos ou da família. Os dados mostram que entre os inquiridos só 37% têm algum tipo de bolsa. Dos 1148 que não têm 61% dizem que é assim porque não se candidataram (resta saber se por não cumprirem os requisitos) e outros 17% disseram que desconheciam que existia esse apoio. (...)
Continuação da notícia em Público.
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