Perguntas-chave respondidas
P: Por que as crianças pequenas têm dificuldade em reconhecer as emoções dos adultos?
R: As crianças pequenas dependem muito da perceção facial e ainda não desenvolveram o conhecimento conceitual necessário para interpretar plenamente o significado emocional.
P: O que muda à medida que as crianças crescem?
R: As crianças mais velhas apresentam uma mudança cognitiva, dependendo mais de associações emocionais aprendidas e modelos mentais complexos do que de sinais faciais instintivos.
P: Quais são as implicações mais amplas?
R: Esta investigação pode informar a educação emocional e intervenções direcionadas, identificando quando e como a compreensão emocional evolui na infância.
Resumo: Um novo estudo revela que a capacidade das crianças de compreender as emoções se desenvolve através de uma mudança cognitiva entre os 5 e os 10 anos de idade. Enquanto as crianças mais novas percebem as expressões emocionais instintivamente através de sinais visuais, as crianças mais velhas dependem cada vez mais do conhecimento conceptual para compreender as nuances emocionais.
EEG, tarefas com palavras e experiências comportamentais mostraram que, embora a perceção permaneça estável, a complexidade emocional e a categorização se aprofundam com a idade. Essa progressão de «ver» para «compreender» reflete como a experiência e a aprendizagem moldam o desenvolvimento emocional.
Factos importantes
Perceção estável: mesmo crianças de 5 anos demonstram reconhecimento neural das emoções faciais básicas.
Crescimento conceptual: crianças mais velhas associam emoções a linguagem matizada e categorizam emoções com mais precisão.
Mudança no desenvolvimento: o reconhecimento das emoções passa da perceção visual para a compreensão conceptual à medida que as crianças crescem.
Fonte: Universidade de Pequim
Por que as crianças pequenas muitas vezes não percebem as emoções por trás das expressões dos adultos? Um estudo pioneiro liderado pelo investigador Xie Wanze, da Faculdade de Ciências Psicológicas e Cognitivas da Universidade de Pequim, em colaboração com o professor Seth Pollak, da Universidade de Wisconsin, revela que a resposta está numa mudança cognitiva.
Publicada na Nature Communications, a pesquisa mostra como crianças de 5 a 10 anos passam de simplesmente «ver» expressões faciais para compreender profundamente as emoções, dependendo menos do instinto e mais do conhecimento adquirido.
Contexto: a importância da compreensão das emoções
Interpretar emoções é crucial para os laços sociais, mas as crianças muitas vezes têm dificuldade em decifrar os sentimentos dos adultos. Esse processo envolve perceber as características faciais e aplicar o conhecimento conceitual para compreender o significado emocional.
O estudo investiga como esses mecanismos cognitivos se desenvolvem durante a infância, preenchendo uma lacuna na compreensão da trajetória de desenvolvimento do reconhecimento das emoções.
Por que isso é importante
À medida que as crianças crescem, a sua capacidade de lidar com ambientes sociais complexos depende de uma compreensão refinada das emoções. Esta investigação oferece insights sobre como os processos cognitivos se desenvolvem, com implicações potenciais para a educação, a parentalidade e as intervenções para crianças que enfrentam desafios socioemocionais.
Principais conclusões
O estudo explorou como as crianças processam as emoções através de três experiências interligadas, abrangendo atividade neural, compreensão conceptual e comportamento.
Na primeira experiência sobre perceção, os investigadores utilizaram a marcação de frequência EEG para mostrar que mesmo crianças de cinco anos podiam diferenciar automaticamente quatro expressões faciais principais — felicidade, raiva, medo e tristeza — através de respostas neurais localizadas na região temporo-occipital. Esta capacidade de perceção parecia estável em diferentes faixas etárias.
A segunda experiência examinou o conhecimento conceptual através de uma tarefa de similaridade de palavras, revelando que as crianças mais velhas tinham associações emocionais mais matizadas, como ligar a palavra «chorar» a várias emoções, uma indicação do desenvolvimento da complexidade emocional.
Por último, no estudo comportamental, as crianças participaram em tarefas de classificação e correspondência. Os participantes mais novos tendiam a categorizar as expressões em termos gerais de positivas versus negativas. Ao mesmo tempo, as crianças mais velhas demonstraram uma compreensão mais refinada, distinguindo entre emoções negativas específicas, como raiva e medo.
Insight principal: uma mudança cognitiva
Para integrar essas descobertas, a equipa utilizou a Análise de Similaridade Representacional (RSA) juntamente com Equações de Estimativa Generalizadas (GEE) para traçar a dinâmica cognitiva subjacente à compreensão das emoções.
Os resultados revelaram uma mudança distinta no desenvolvimento: as crianças mais novas dependem mais de pistas percetivas, enquanto as crianças mais velhas dependem cada vez mais do conhecimento conceitual.
Essa progressão de «ver rostos» para «compreender sentimentos» ressalta como o desenvolvimento emocional é moldado pela experiência, aprendizagem e crescente sofisticação cognitiva ao longo da infância.
Implicações futuras
Esta pesquisa destaca a interação dinâmica entre perceção e conhecimento conceitual no desenvolvimento emocional das crianças, oferecendo uma base para a conceção de estratégias educacionais e terapêuticas adequadas à idade para aprimorar as habilidades socioemocionais.
Traduzido com a versão gratuita do tradutor - DeepL.com
Fonte: Neuro Science News por indicação de Livresco
Sem comentários:
Enviar um comentário